"em todos esses edifícios viviam os membros da corte da imperatriz Criança, os camareiros e criados, as feiticeiras e os astrólogos, os mágicos e os bobos, os mensageiros, os cozinheiros e os acrobatas, os equilibristas e os contadores de história, os arautos, jardineiros, guardas, alfaiates, sapateiros e alquimistas. E lá em cima, na ponta mais alta da poderosa torre morava a Imperatriz Criança, em um pavilhão que tinha a forma de um botão de magnólia." MICHEL ENDE
Por não permitir que fantasia acabe...
PAVILHÃO, UM GRUPO
"…O Nada estava tomando conta do reino de Fantasia! A imperatriz Criança precisava de ajuda, todos os seres do reino estão reunidos lá em cima, na ponta mais alta da poderosa torre onde morava a Imperatriz Criança, em um Pavilhão que tinha a forma de um botão de Magnólia. Todos em busca de uma solução para enfrentar o Nada, Fantasia não poderia acabar. “ Assim nos contou o alemão Michel Ende em seu clássico livro "A História sem Fim”.
Nelson Albuquerque, idealizador e fundador do grupo.
Jovens advindos das muitas periferias da cidade se encontraram e tocados pelo fazer artístico se mobilizaram e fundaram um grupo de teatro, isso foi há 18 anos, tempo que existe o grupo Pavilhão da Magnólia, um coletivo teatral que pensa e cria uma cena pulsante que vibra com paixão a vida a cada instante. Situado na cidade de Fortaleza, o Grupo já montou 18 espetáculos e 12 esquetes (cenas curtas), tendo realizado mais de 900 apresentações em mais de 50 cidades pelo pais, com um potente Repertório, composto por espetáculos direcionados ao público adulto e infantil. Trabalhos realizados a partir de encontros com colaboradores importantes e atuantes da cena contemporânea, são artistas que juntos trazem frescor e revigoram o trabalho continuado e em grupo.
18 anos
"Pavilhão da Magnólia, em dezoito anos, afirma a sua virtude de ser uma antena que capta os melhores profissionais das suas áreas para levar o palco a força e o talento que poucos coletivos possuem. Com uma trajetória que transita pela rua, pelo palco convencional, pelas questões da Infância ou do universo adulto, com um desembaraço sem par, o Pavilhão é hoje uma referência do melhor teatro feito no Nordeste e que, aos poucos, já ganha repercussão nacional.”
Miguel Vellinho, Professor de Teatro da UNIRIO e Diretor da Cia Pequod (RJ).
Foram realizados os espetáculos, O Dia da Revolta das Coisas do Nunca, O Pássaro Azul e Pétalas que marcam com destaque o primeiro ciclo dessa caminhada, depois vieram seguidos os elogiados Baldio, Ogroleto, Urubus, Maquinista e Napoleão e consolidam o grupo atualmente como um dos mais importantes do estado com uma produção continuada e consistente. O grupo já passou por festivais como o FIT - Rio Preto/SP, Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga/CE, Festival Internacional de Linguagens FIL/RJ, Festival Internacional de Teatro Infantil do Ceará TIC/CE, FENATIB - Blumenau/SC, FIG Garanhuns/PE, Festival Nacional de Teatro do Recife/PE, Semana de Teatro do Maranhão/MA, FESTLUSO - Teresina/PI, Festival Isnard Azevedo - Florianópolis/SC, Festival Tony Cunha - Itajaí/SC entre outros. Em 2019, realizou uma temporada de Ogroleto no CCSP- São Paulo/SP.
Pensaram e fizeram Intercâmbios, Oficinas e Vivências com grupos e artistas como; Tá na Rua (RJ), Nóis de Teatro (CE), Teatro que Roda (GO), Teatro de Caretas (CE), Grupo Garajal (CE), Cia Prisma de Artes (CE), Expressões Humanas (CE), Magiluth (PE), Dona Zefinha (CE), Hector Briones (CHI), Edivaldo Batista (CE), Paula Yemanjá (CE), Herê Aquino (CE), Astier Basilio (PB), Lenildo Gomes (CE), Karen Acioly (RJ) e Marcelo Romagnoli (SP).
Em 2018, o Grupo participou da Escola Porto Iracema das Artes com a pesquisa “Dramaturgias da Água e da Seca”, tendo como "tutor" Miguel Vellinho (RJ), Márcio Abreu (RJ), Alexandre Costa (CE) e Diego Gadelha (CE) como colaboradores.
Mais de 900 apresentações em
mais 50 cidades do país
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Realizaram Circulações como; Pétalas pelo Sertão (Funarte), Circulando com o Pavilhão das Artes (Secultce), Arte Itinerante (CCBNB), 10 anos na estrada - Pavilhão em Festa convida As Fadas (Plataforma de Circulação do Ceará - Petrobras), A fantástica viagem de Ogroleto pelo interior do Ceará (Edital Cultura Infância), Cena Ceará (Fringe - Festival de Curitiba).
Conduziram processos de formação como; Animador Cultural e Ponto de Cultura - PERMEIO esses em parceria com o grupo Garajal, Juventude em Cena em parceria pelo IDESC, É Noiz Perifa pelo Centro Cultural Bom Jardim e Teatro e as Crianças pela Vila das Artes em Fortaleza.
Outra marca importante desse coletivo é sua capacidade e competência de produzir e gerir projetos e ações. O Pavilhão possui em sua trajetória ações culturais marcantes do ponto de vista de Gestão e Produção Cultural, como as ocupações de espaços públicos, a primeira ação durou três anos de 2012 a 2015 chamada Residência Pavilhão da Magnólia no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno da Universidade Federal do Ceará, a segunda o projeto Centro em Cartaz que aconteceu no Teatro Carlos Câmara da Secretaria de Cultura do estado do Ceará com duração de 09 meses. Idealizou e realizou três edições do Festival Nacional de Teatro de Rua do Ceará em parceria com o grupo Garajal de Maracanaú, Idealizou e fundou o Cena Casarão - Teatro de Grupo uma sede com três grupos que funcionou de 2016 a 2018, realizando o projeto Todxs na Praça, ocupando uma praça pública no centro da cidade. Realiza desde 2011 o importante Encontro de Realizadores de Teatro Infantil.
Hoje o Pavilhão da Magnólia tem como sede a Casa Absurda que funciona também como espaço aberto a atividades culturais na cidade de Fortaleza, tendo uma grande aceitação pelo público e artistas.